06/07/2012

Rainhas do Salgueiro...

Cidadania Relativa!


Já no 2002, estavamos trabalhando com a questão de cidadania: cooperando com Dona Ivete do Morro do Salgueiro e o fotografo e inteletual Januario Garcia Filho, colocamos a questão da cultura como arma contra a opressão racista no Brasil no centro da atenção. A discriminação efetiva de moradores - em sua maioria negros - de bairros de baixo renda, o abandono pelos servicios publicos, a exclusão na participação a sociedade são carateristicas de um Brasil racista, brutal e violento - que infelizmente não mudou muito até hoje!
Especulação imobilíaria - como no caso da Vila Brandão - cria um clima de violência, onde os moradores são vitimas do jogo do poder de alguns ricos e poderos. Precisamos do appoio urgente do governo petista para estabelecer a cidadania plena para tod@s!!!!

Quem não resiste, perde! A violência no Brasil sempre foi paga - o trafico foi sempre na mão dos poderosos! Os meninos e as meninas - aviões sem destino - perdem a vida nesse caminho!

O projeto de Dona Ivete no Morro do Salgueiro - um bairro na zona norte do Rio de Janeiro com taxa de violencia altissima, assassinos e trafico pesado - deu uma luz pra muitas meninas e deu a oportunidade de viver uma vida melhor!

Vamos lutar pra a Vila Brandão não cair no caos! Ainda dá!
O filme " Rainhas do Salgueiro - Cidadania Relativa" sera apresentado no KASUMAMA - Festival de cultura Africana., dia 07.07.2012, na Austria.


Die Königinnen vom Salgueiro haben relative Bürgerrechte PART 1 (Rainhas do Salgueiro - cidadania relativa ) from siju - silvia globalista on Vimeo.

Rainhas do Salgueiro - cidadania relativa
in memoriam :: Dona Ivete da Silva Santos do Salgueiro

Um documentário de Silvia Santangelo Jura -
trilha sonora de : Célia Mara
(A/BR 2002 - 45 Min. / Video)

BEST VIDEO PRODUCTION AT BLACK INTERNATIONAL CINEMA 2003 / BERLIN/DÜSSELDORF/LJUBJANA – IN COOPERATION WITH PANAFRICAN FILMFESTIVAL SALVADOR/BRAZIL AND LA/ USA

"O documentário considerável sobre a vida nas “favelas”, as aglomerações de pobres no Rio de Janeiro. Um documentário que não mostra só pobreza e sofrimento, mas se concentra sobre a força, a vitalidade, a criatividade e a auto-estima das mulheres nas favelas”.  (treffpunkt kultur - ORF 2/TV nacional-Àustria)"

"A cultura é o tudo… se você fala cultura, você fala de auto-estima, de educação, de aparência, saúde… sim, a cultura é o tudo!" (Dona Ivete)

Com ajuda dos Santos e contando com a própria inteligência, Dona Ivete trabalha para dar um futuro mais digno aos moradores do Salgueiro, especialmente para as meninas. Como ela, tem muitos outros que trabalham com coragem e consciência contra a pobreza, exclusão e racismo. A arma deles é a cultura afro-brasileira.

"I understand this documentary as a kind of mission - I try to synthesize information about a culture - foreign to me - and to make it understandable to others. As the treated topics are universally valid, this is a contribution to mutual understanding between people." (Silvia Santangelo Jura, director)

A cultura é o caminho  
"A cultura – a cima de tudo – é uma arma de libertação." (Januário Garcia)

Cultura, religão e cooperação entre os vizinhos são as constantes que permitem a sobrevivêncîa numa sociedade violenta e de exclusão. Como exemplo, tem o projeto Nika Jaina, salão de beleza afro com curso de cabelereiro – afro no Morro do Salgueiro, um projeto co-financiado pela fundação de capacitação solidária. Num diálogo fictício entre Dona Ivete, Mãe de Santo da Umbanda de Angola e diretora do projeta Nika Jaina, e Januário Garcia Filho, fotógrafo, e – na época – diretor do centro cultural José Bonifácio – são discutidas historia Brasileira, questões da cultura, diferenças sociais, exclusão e também racismo. O documentário permite participar da vida quotidiana do Salgueiro. Da vida das mulheres, crianças, famílias. Sem romantizar ou chocar com imagens de pobreza ou de violência, entramos na perspetiva dos moradores: como organizar uma vida com  dignidade, com trabalho e uma casa decente – viver normal, sem violêncìa. Os espectadores tem a oportunidade participar dos preparativos do carnaval, da procissão de São Sebastião, de entrar na casa de Angola de Dona Ivete como também, nas discussões do salão de beleza na hora do trabalho e da comida etc… O documentário começa com um ensaio do bloco carnavalesco “RaÍzes de Tijuca” nas ruas do Rio, e nos leva até o Morro do Salgueiro, de onde vem os sambistas. Lá, Dona Ivete  - neta de uma das primeiras moradoras do Salgueiro, Dona Eusébia - apresenta o seu projeto: o salão de beleza afro Nika Jaina – e as raízes do projeto: a Filosofia da Umbanda. É ela que nos acompanha no Morro, nos apresenta à algumas moradoras e às suas colegas ativas no desenvolvimento social da comunidade, nos introduz na Associação dos moradores e nos apresenta a “banda do Salgueiro”… As meninas, estudantes do Salão de Beleza falam sobre a impossibilidade de fazer um trabalho regular, os diretores do bloco de samba explicam o valor do samba para a comunidade. O comentário de Januário Garcia permite uma reflexão mais inteletual sobre a estrutura social do Brasil, faz entender a relação  da abolição da escravidão e a exclusão social dos afro-brasileiros… O trabalho cultural é visto como uma possibilidade de sair da espiral de analfabetismo, pobreza, violência e tráfíco… Graças a Dona Ivete e Januário Garcia, uma audiênçia international pode entender que favela não é só violência, mas que é um problema estrutural a ser resolvido pela sociedade. Os protagonistas – e sobre tudo Dona Ivete – são pessoas impressionantes – a trilha sonora de Célia Mara vem ilustrar com muito groove e poesia a temática.

mais infos - http://www.globalista.info/Queens/index.html