19/07/2014

Acabou a Copa – voltamos à normalidade!


A abertura da Copa foi violenta, na Vitória. Tive um confronto duro entre a PM, polícia de choque e várias outras unidades de polícia (com certeza, havia mais de 50 policiais em ação!) e um grupo de ca. 20 ativistas dos movimentos sociais, que fizeram uma manifestação contra a copa. Uma ação que demorou 20 minutos. A Vitória cheia de gás, teve muitos tiros, gente fugindo em pânico.
Durante o confronto, foram quebrados os vidros da sede da Honda.
Nessa violência indiferenciada, a polícia jogando bombas lacrimogênea por todo lugar. Caiu uma bomba lacrimogênea numa casa da comunidade da Califórnia (do lado do Vale do Canela). A família que estava dentro da casa sofreu queimaduras, tiveram crianças pequenas fechadas por medo na cozinha, cheia da gás!



Eu me pergunto porque a polícia tem tempo para essas ações, mas não tem capacidade de resolver os problemas de violência, de roubo e de drogas nas comunidades? Precisamos de ajuda pública para poder viver em paz. Porque é negada?

A Vila Brandão, o largo da Vitória e a mansão Wildenberger

As chuvas fortes de junho mostraram mais uma vez a ineficiência da administração pública …
Na Vila Brandão, estamos sofrendo da inércia da cidade para resolver os problemas que são de interesse público!
Uma das maiores obras de Salvador esta acontecendo do nosso lado, a mansão Wildenberger. Com grande cartazes, eles estão anunciando a contrapartida social da obra – reestruturação da Igreja da Vitória.
Cadê a contrapartida social para a nossa comunidade e as outras comunidades da Vitória e do Canela? 

Pelo contrário, a nossa situação esta piorando desde quando a obra começou. A descida na Vila Brandão sempre foi difícil, a ambulância não tem acesso! Mas agora, a obra quebrou os primeiros degraus da escada da descida, e estamos vivendo com uma improvisação de madeira mal feita – desde mais de 5 meses! Cabos de energia aéreos a poucos centímetro sobre as nossas cabeças… a passagem piorou!

O Largo da Vitória fica sujo e a sujeira desce diretamente na nossa comunidade, trazendo lixo e tóxicos (já achamos lixo tóxico do CATO na lixeira pública!). Essas águas contaminadas descem assim diretamente para o mar, deixando uma marca de sujeira na natureza, matando os peixes e a flora marina única que temos na Vitória.


Com a chuva, uma parte do morro desceu – bem em cima da área invadida ultimamente pelo Yachtclub.

Nós, da Casa Mátria, estamos tomando a frente para restaurar esse morro. Começamos fazer uma contenção com sacos com o nosso mestre Alex Fiúza – baseado num conceito de construção biológica:
Sacos de barro, junto com sacos de pedras formam uma base sólida para evitar a caída de mais terra. Estamos plantando vários arbustres para fortalecer essa contenção.

Mas precisamos da ajuda da cidade para resolver o problema do morro: não temos estrada viável, não temos descida praticável, dentro da comunidade, não tem um sistema para captar e canalizar as águas de chuva.
Esperamos uma resposta!

Silvia Jura, diretoria Casa Matria